terça-feira, 1 de março de 2011

Nos "enta"



Cheguei lá!

Não tenho duvida, e posso assegurar que me sinto bem melhor hoje do que quando tinha vinte e cinco, trinta anos...
Lógico que com algumas marcas que o tempo já anda me dando de presente para me fazer lembrar que não sou mais uma ‘mocinha’ e que nelas posso mostrar um pouco das emoções vividas e da maturidade começando aflorar. Dizem que a mulher de quarenta tem uma dose certa de elegância, eu não sei, estou começando hoje. O que sei é da minha memória. Aquela que agrada e perturba.

Na verdade não me interessa tanto o que já disseram por aí da mulher de quarenta, me desculpe Jabor, mas prefiro depositar em mim uma força de que serei melhor daqui pra frente. Quero dividir minhas experiências somando o resultado, isso entre mim e o tempo. O tempo que já passou e o que virá. Afinal serei uma mulher de quarenta por alguns anos, até entrar nos cinqüenta, muita coisa ainda eu quero passar.

Bom seria se eu começasse a aprender a controlar minhas emoções, isso sim é elegância. Sem usar meias-palavras, subterfúgios e ter mais paciência. Na convivência isso é tão raro... Acho que pra muitas outras idades também. Decidida eu sei que sou. Mas, não tão bravamente como deveria. Somos poucos na verdade. Porque essa conversa de ‘bem resolvida’ não me pertence. Sou humana e tenho cá as minhas inseguranças pra uma série de coisas que abrangem meu mundo.
E quem se acha resolvida são as mais novas, creio, aquelas entre vinte e cinco e trinta anos, como achei que fosse um dia. E precisei chegar aos quarenta pra viver e sentir que não. A boa resolução pras coisas não são classificadas em ‘sou’ e sim ‘pretendo ficar’. Uma eterna busca que se abre aos pés. Quero esse caminho. Longo...

Ah! E esteticamente falando, também não sou hipócrita, tenho a minha beleza, a minha porção de sensualidade quando quero, e tenho a consciência disto, mas não é o ‘the best’ da vida não. Isso passa. Sou agradecida a genética e aos olhos de quem me ver e elogia. Sou de uma família que não se dá a idade que tem. Gosto de ouvir. Sou sincera e vaidosa. Mas repito: Isso passa! O ideal é se cuidar pra ter saúde. Física e mental. Poderia ficar aqui falando de hormônios, sexo, casamento, filhos, estria, celulite, estabilidade crítica social e financeira... Mas, NÃO!! Isso já faz parte do‘script’ deixa pra lá. Enfim, não tenho nada ainda do que dizem de uma quarentona, tenho mil duvidas entre o ‘sim’ e o ‘não’. Mas estou achando um espetáculo poder abrir esse ‘leque’ da curiosidade que me aguarda pelos próximos dez anos. Quero encontrar a razão que me leve menos à culpa pelas coisas que eu faço. Pelas coisas que como, que uso, que bebo e que me dão alegria. Quero é viver!!

“Eu só peço a Deus um pouco de malandragem”