quarta-feira, 6 de abril de 2011

Leve...

A expressão da alma é serena, mansa, sem
arroubos ou depressões.A expressão da alma
é a expressão da paz, da tranqüilidade. A alma
não se exalta, nem se desespera. Se expressa
sempre no mesmo tom, porque ela não busca
nem evita nada, não tem que partir  nem chegar.
A alma vê e reage ao que vê,  sem ter que provar
nada nem convencer ninguém. A alma brinca
e vive sempre da mesma maneira. Tudo para
ela é vida. Aexpressão da alma é a mais pura
e real expressão do seu eu interior. O ser
interior, quando se expressa, é a expressão
da verdade, daquilo que vê, sente, e ouve, sem
subterfúgios, sem os jogos sociais. A alma, quando se
expressa, é percebida e sentida, vista e amada. A sua
expressão toca fundo nas pessoas, de maneira suave
e direta. Tocar as pessoas é um gesto da alma.
A máscara, os jogos encontram ressonâncias em outra
máscara, em outros jogos. Para encontrarmos a
pessoa do outro, precisamos nos expressar com a nossa
alma. É ela que atinge,transforma e faz vibrar na alma,
o contato, o encontro, o toque. A
intimidade só é intimidade de almas. Na sua
profissão, você sabe, não tem jeito de ser efetivo
sem a expressão da alma. É necessário que a
alma do outro se expresse para ser recebida
e tocada pela sua. A sua alma será um convite
para a expressão da alma do outro. Se sua
alma se esconder, ou não se expressar, você
estará mostrando ao outro que a alma dele também
não poderá ser expressa. Então não haverá o
encontro curativo. Ele perceberá que junto de você
não existem condições para que sua alma se expresse.
Uma vez que você evita a sua própria, como então,
poderá receber a dele? Você só receberá a alma do
outro se estiver à vontade com a sua. Você só
encontrará o outro se antes tiver se encontrado com
você. Sem você não poderá existir o outro.


Esse texto me foi enviado há poucas horas por uma amiga via e-mail. Não vi de quem é.
Mas mexeu comigo profundamente. Porque onde leio alma, leio vida. 
Queremos mais da vida do que ela pode nos dar. Sempre, sempre queremos.
E acho de uma naturalidade sem igual. O que penso que não podemos é exigir dos outros o que eles não podem nos oferecer. Damos aquilo que está ao nosso alcance, e torcemos, creio, que seja o suficiente. Nos perdemos quando achamos que um ser humano é de um jeito, e ele é absolutamente de outro.

Isso bem acontece comigo, com você, com seu médico, seu vizinho...
É necessário haver respeito, troca de carinho, gentileza e principalmente transparência. Sinceridade. Porque de uma coisa eu tenho certeza, seria bem mais fácil se aceitar e aceitar melhor as outras pessoas. Se tudo o que não gostamos nos outros fosse compatilhados com verdade, nenhuma alma se inflamaria. Tudo seria resolvido na base de uma boa conversa. Mas, tem gente com a mania de querer 'paparicos', e meu bem, nem todos estão aí pra dar. Se esconder por atrás de escudos gigantes, não resolve. E se fazer de vítima, também não. 

Alimentar a alma com dignidade, com soluções que nos façam viver em harmonia em primeiro lugar com a gente mesmo. Os outros também erram. E se cada erro for visto de uma forma assombrosa, ou que te deixe dúvidas sobre a conduta de alguém, fique longe, não discuta, não tente provar que você é melhor ou pior. Deixe o tempo mostrar que vale a pena esperar a justiça ser feita. E se mesmo assim não resolver, é porque esse momento ou esta pessoa não te mereça. E que erros acontecem também nas escolhas de relacionamentos. O que sustentamos de bom não vira peso, jamais.

Arlen Cristina